Thursday, April 24, 2008

 

Vacina contra HPV para vítimas de violência sexual

Em 16 de abril último, participando da mesa redonda sobre Vacinas, por ocasião do II Congresso de DST/AIDS da CPLP (Comunidade de Países de Lingua Portuguesa), realizado na Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, conheci um pouco mais sobre o programa de apoio às pesquisas sobre vacinas contra HIV do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde do Brasil, o qual disponibiliza, para tal fim, U$ 2,5 milhões/ano. Excelente!
Dados sobre dificuldades e outros mais promissores foram apresentados pelos palestrantes que antecederam a minha fala: vacina em HPV. Tenho certeza de que, muito a nosso contragosto, uma vacina contra HIV demorará alguns anos para estar disponível para a humanidade. Todavia, vacina contra HPV, com altos níveis de eficácia para prevenção de condiloma acuminado (verrugas ano-genitais) e neoplasias intraepiteliais (colo de útero, vagina, vulva, ânus...), já existe e está disponível em todo o mundo, há quase dois anos. Embora o acesso universal ainda enfrente sérios obstáculos. Esta foi a minha apresentação.
Na conversa pós-sessão, um ex-aluno do curso de medicina da Universidade Federal Fluminense, Dr. Marc, que atualmente trabalha em Manaus, indagou-me sobre o(s) porquê(s) de a vacina profilática contra HPV não ser, como medida de rotina, aplicada em casos de estupro em mulheres, principalmente se adolescentes.
Temos convicção de que vacinar contra HPV alguém na faixa etária já comprovada de proteção deve ser uma das ações de quem tem visão atual e ampla na tentativa de minimizar o sofrimento das pessoas violentadas. Administração de medicamentos contra DST/AIDS e vacinação contra hepatite B, nas pessoas não vacinadas, entre outras medidas, já são rotinas bem definidas nas normas do PNDST/AIDS.
Outra convicção que temos é que os laboratórios farmacêuticos devem diminuir a voracidade de seus lucros, e o governo brasileiro, o absurdo da carga tributária. Caso isso aconteça, todos ganharemos, pois a venda aumentará gerando mais empregos para manter e ampliar a produção e a comercialização. Isto trará avanços na distribuição de renda que retroalimentará positivamente todo o sistema. E aí, todos lucram.
Indicamos aqui o desejo de que quem por autoridade conferida por cargo em saúde pública e por opção voluntária atue no sentido de rever as rotinas frente a uma pessoa vítima de violência sexual.
O Brasil não precisa esperar que o mundo faça isso primeiro.

Niterói, 19 de abril de 2008.

Mauro Romero Leal Passos
Chefe do Setor de DSTUniversidade Federal Fluminense

Wednesday, April 23, 2008

 

Vacina Contra HPV em Vítimas de Violência Sexual

Em breve faremos um comunicado nesse sentido. Aguarde.

 

Vacina Contra HPV em Vítimas de Violência Sexual

Em breve faremos um comunicado nesse sentido. Agurde.

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